Na manhã de 21 de abril, o dia começou mais sereno, envolto pela triste notícia do falecimento do Papa Francisco. Ao chegarem ao colégio, as crianças logo notaram algo diferente no corredor. Em um canto preparado com carinho, uma mesa simples com uma vela acesa e o retrato do Papa chamava, discretamente, a atenção de todos.
Tocadas pela atmosfera de respeito, as crianças se aproximaram. Naturalmente e com muita reverência, ajoelharam-se diante da imagem e, cada uma à sua maneira, fizeram suas orações. Um gesto singelo, mas carregado de profundidade e emoção. Na inocência dos seus corações, encontraram uma forma genuína de expressar admiração e afeto, mostrando que a sensibilidade infantil vai além dos gestos.
Em meio àquele momento silencioso e cheio de ternura, Catarina Foschini (1º ano) se aproximou da professora e perguntou: “Prof, eu posso escrever uma carta para o Papa?” De volta à sala, escreveu uma mensagem revelando, em palavras, o que seu coração desejava dizer.
Mais tarde, com cuidado e delicadeza, Catarina retornou ao corredor e, em silêncio, colocou sua cartinha sobre a mesa onde repousava a foto do Papa — um gesto delicado que tornou aquele espaço mais significativo.
Naquele instante tão sensível e verdadeiro, os pequenos nos mostram que empatia, respeito e amor são vividos, eles se vivem, se sentem, e se revelam no olhar puro de uma criança.
Luciane Brito, Monitora do Período Complementar
Gisele Sousa, Assistente do Período Complementar


